A Articulação Nacional pelos Direitos da Natureza, a Mãe Terra, nasceu de um diálogo realizado no Seminário Nacional do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental a partir de uma das conclusões do Sínodo da Amazônia, realizado em outubro de 2019, indicando ser necessário defender os direitos das pessoas e da natureza. No caminho aberto pela encíclica Laudato Sí, o FMCJS se sentiu chamado a reforçar as iniciativas que lutam pelos direitos das pessoas e a dinamizar uma mobilização nacional em favor dos direitos da natureza, nossa Mãe Terra, por reconhecer que sem garantir esses direitos, os seres vivos, e especialmente os humanos, não teriam como ter seus direitos garantidos. E isso tem, evidentemente, tudo a ver com a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, provocadas pelos responsáveis pela hecatombe socioambiental que avança em todo o planeta.
Entrando em contato com entidades já empenhadas nessa conquista, e convidando todas as que desejassem assumir essa nova dimensão dos direitos, foi realizada, de forma online por causa da COVID, uma reunião ampla, e nela foi aprovada uma Carta Pública, com o anúncio de que atuariam em conjunto para gerar um processo de geração de consciência e de incidência política visando avançar no reconhecimento dos Direitos da Natureza, a Mãe Terra.
Esta Articulação já publicou um livro sobre os fundamentos do reconhecimento dos direitos da Terra a partir das conquistas legislativas já alcançadas, bem como uma Cartilha pedagógica para uso de quem decide reforçar a mobilização de mais pessoas e entidades.
Agora, está empenhada no processo de abraços à Mãe Terra como preparação ativa do 2º Fórum Brasileiro dos Direitos da Natureza, que acontecerá nos dias 6 e 7 de outubro de 2023 em Ilhéus, Sul da Bahia.
